Irritam-me
os falsos amigos. Aqueles que sorriem connosco quando tudo está bem e que, num passo de magia, teimam em desaparecer quando as coisas dão
para o torto. Irritam-me os complôs e os mexericos que se vão multiplicando de
boca em boca. Irritam-me as pessoas que inventam histórias da carochinha sobre
tudo e sobre todos. Irritam-me, especialmente, os maus-olhados, os quebrantos e
todos esses vudus fulminantes. Há quem nos julgue à distância e nos transforme
num herói, ou num vilão. É engraçado como temos a tendência suicida de julgar
tudo na vida. Não deixamos acontecer porque tem de acontecer. Não deixamos ser
porque tem de ser. Julgamo-nos a nós e aos outros, como se tudo na vida
necessitasse de um julgamento. Julgamos e somos julgados. Mas, no final das
contas, nunca somos tão maus como nos pintam, nem tão bons como imaginamos. Ou vice-versa. Há muitas bocas a mendigar por
um pingo de atenção. Há disparos homicidas em cada tertúlia das cinco da tarde.
Há cinismos que nos corroem devagarinho como um ácido. Há os vampiros das
amizades e toda uma cambada de seres fantásticos que vivem das desgraças
alheias. Uma escória de camaleões que jogam com todas as cores. Não sei qual o
motor que os move, nem por que razão são como são, mas acredito na
infalibilidade da terceira lei de Newton: uma acção está sempre sujeita a uma reacção
oposta de igual intensidade.
PedRodrigues
Gostei!!
ResponderEliminarÉ isto!
ResponderEliminar(acho que por hoje já chega, ou vou passar aqui a noite a deliciar-me e não faço mais nada)
:)
Pedro, obrigada!
Boa observação ;)
ResponderEliminarMy Precious Space
http://mypreciouspace.blogspot.pt/