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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Às rosas


 
Aprendeu a proteger-se.
Anos depois de uma vida partilhada; anos depois do primeiro beijo
no recreio do liceu; anos depois do primeiro amor – aquele que julgou ser para sempre
e a quem, pela primeira vez se entregou; anos depois
das primeiras lágrimas, e das segundas, e das terceiras.
Aprendeu. Tudo o que é belo é mais vulnerável.
Talvez por isso, às rosas tenham crescido os espinhos.
Para que se possam proteger das constantes ameaças.
Há quem lhe chame evolução. Eu chamo-lhe
A lei da vida.

 

PedRodrigues

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