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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Fevereiro

Dizias-me - Para sempre
e eu respondia-te
que a eternidade é
um tempo muito vago
Tinhas medo do depois,
da incerteza das estações
Eu também nunca entendi
o porquê das chuvas
nos meados do Verão
Sussurravas-me ao ouvido:
-Talvez o céu chore
com saudades do chão
Enquanto eu olhava desconfiado
procurando a real razão
E tentava explicar-te
As leis da gravidade
usando-nos como exemplo
num cálculo mais exacto
Tu olhavas para mim
Como que decorando a minha imagem
E eu escrevia-te na minha pele
como se fosses uma tatuagem

PedRodrigues

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